Centenas de estudantes da USP fazem passeata pela Avenida Paulista
Eles pedem a saída da Polícia Militar do campus da Cidade Universitária.
Grevistas farão 'aula pública de democracia' no vão do Masp nesta quinta.


estatuto da USP (Foto: Paulo Guilherme/G1)
Segundo um membro do Diretório Central de Estudantes (DCE), diversos
professores, parlamentares e líderes de movimentos sociais e sindicais
foram convidados a discursar no evento. O governador Geraldo Alckmin,
que em 8 de novembro afirmou que os estudantes da USP precisavam de
"aula de democracia", também foi convidado a comparecer.
Ônibus vindos do Interior paulista trouxeram estudantes de outras
universidades públicas para apoiar a passeata. Uma jovem de 23 anos, que
estuda ciências sociais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e
participa do ato com cerca de 50 colegas do campus de Marília, afirmou
que seria "muito legal" se o fgovernador aparecesse para dialogar com os
estudantes em greve. "Isso mostra bem a democracia que temos hoje",
disse ela

Estudante veste máscara do governador Geraldo
Alckmin, convidado pelos alunos a comparecer à
aula de democracia
Entenda a greveAlckmin, convidado pelos alunos a comparecer à
aula de democracia
A paralisação dos estudantes da USP começou no dia seguinte à prisão de mais de 70 pessoas, durante a reintegração de posse da reitoria da universidade, que tinha sido ocupada por manifestantes uma semana antes. Eles foram indiciados por danos ao patrimônio público e desobediência à ordem de Justiça - que havia determinado a saída do prédio.
Na noite de quarta-feira (23), cerca de 3 mil estudantes decidiram manter a greve em assembleia realizada na Escola Politécnica, na Cidade Universitária, Zona Oeste de São Paulo.
Os alunos reivindicam a revogação do convênio firmado entre a USP e a Polícia Militar para o patrulhamento da Cidade Universitária e a retirada de processos criminais e administrativos contra estudantes, servidores e professores que, segundo os manifestantes, foram movidos com fins políticos.