Após acordo, Gilad Shalit foi solto em troca de 1.027 prisioneiros palestinos.
Ele disse estar com boa saúde e com saudades da família e dos amigos.

O soldado israelense Gilad Shalit, libertado nesta terça-feira (18) após acordo entre o governo de Israel e o movimento islâmico Hamas, disse em sua primeira entrevista que está em boa saúde e espera que sua troca por prisioneiros palestinos ajude a levar à paz entre os dois povos no Oriente Médio.
Shalit, de 25 anos, falou à TV egípcia, em local não divulgado.
Ele parecia cansado e espantado, tinha olheiras e respondia de maneira hesitante.
Respondendo por meio de um intérprete, Shalit disse que ficaria muito feliz se os palestinos ainda presos em prisões israelenses fossem libertados para voltar a suas famílias.
Gilad Shalit dá entrevista à TV do Egito nesta terça-feira (18) (Foto: AP)Shalit foi solto na madrugada desta terça, no Egito, após um acordo entre Israel e o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e levado a Israel.
O soldado israelense foi entregue a representantes do Egito, que intermediou o acordo, antes de ser levado a Kerem Shalom, no lado israelense da fronteira, pouco depois das 12h locais.
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 Ele foi levado de helicóptero para a base aérea de Tel Nof, sul do 
país, onde era aguardado pelos pais, assim como pelo primeiro-ministro 
Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Ehud Barak e o comandante do 
Estado-Maior, general Benne Gantz.Um porta-voz de Netanyahu confirmou que o jovem se reuniu com a família. "Trouxe o filho de vocês de volta para casa", disse Netanyahu aos pais do soldado, segundo o porta-voz.
O estado de saúde de Shalit é "bom e satisfatório", disse o Exército de Israel, por meio do porta-voz general Yoav Mordechai.
O
 soldado Gilad Shalit caminha ao lado do premiê de Israel, Benjamin 
Netanyahu, (no centro, à esquerda), do ministro da Defesa, Ehud Barak 
(esquerda) e do chefe de gabinete Benny Gabtz, em Tel Aviv, nesta 
terça-feira (18) (Foto: AP)Shalit, de 25 anos, havia sido feito prisioneiro por milicianos do Hamas em 25 de junho de 2006 em uma posição militar israelense limítrofe com o sul do território palestino da Faixa Gaza. Foram cinco anos de cativeiro.
As imagens mostradas nesta terça são as primeiras dele desde 2009.
A libertação de Shalit foi possível após a Suprema Corte israelense dar aval nesta segunda-feira (17) ao acordo anunciado na semana anterior, ao rejeitar os recursos de parentes de vítimas de atentados.
Gilad Shalit em imagem de vídeo da TV egípcia, em local não determinado em Gaza (Foto: AP)Espera-se que a troca de prisioneiros ajude a reacender as negociações diretas de paz entre israelenses e palestinos, paralisadas há mais de um ano.
O Quarteto para o Oriente Médio, grupo diplomático que negocia a paz na região, pretende marcar para dia 26, em Jerusalém, conversas com representantes dos dois lados, separadamente, para preparar a retomada das negociações.
A tentativa de retomar o diálogo ocorre após a Autoridade Palestina ter pedido à ONU, em 23 de setembro, o reconhecimento de um Estado palestino. O Conselho de Segurança das Nações Unidas está avaliando o pedido.
Hillary
A secretária de Estado americana Hillary Clinton saudou "o fim da longa provação" sofrida pelo soldado israelense.
"Nós estamos felizes que a longa provação (...) chegou ao fim para Gilad Shalit", declarou Hillary durante uma visita na capital líbia. Ela ressaltou que a prisão "durou tempo demais".
Comboio
 que transportava alguns dos presos palestinos em troca com soldado 
israelense Gilad Shalit é visto em Ramallah, na Cisjordânia (Foto: Ammar
 Awad/Reuters)
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