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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Escolas públicas no litoral paulista usam controle eletrônico de frequência

A Secretaria de Educação da Praia Grande, litoral Sul paulista, testa desde o início de 2010 um sistema de controle eletrônico de frequência, que substituiu a chamada no papel. Por meio de um coletor de dados biométricos - que identifica a digital -, desenvolvido pela Madis Rodbel, os alunos do 1º ao 5º ano da Escola Municipal Roberto Mário Santini da cidade tiveram por um ano, na primeira etapa do projeto, a presença registrada no momento de entrada e saída da sala de aula. Neste ano, mais cinco escolas da rede ganharam o sistema, em um total de 3,2 mil alunos atendidos.
"Em 2012, esperamos chegar a mais 15 escolas, totalizando 28 mil alunos em toda a rede", conta Marcos Pastorello, coordenador de inclusão digital da secretaria de educação da Prefeitura de Praia Grande, que prevê investir até R$ 500 mil no projeto, incluindo reformas na rede física, compra de leitores digitais, conexão com internet e servidor.
Pastorello explica que o sistema funciona como um cartão de ponto para os alunos, com um diferencial: os pais recebem, meia hora após o horário de entrada, uma mensagem no celular (SMS) contando se o filho está ou não na sala, e semanalmente, ainda têm acesso ao relatório semanal de presença dos filhos. A secretaria compra pacotes de 10 mil torpedos, ao custo de R$ 2 mil por mês.
A cozinha da escola também saiu ganhando com o novo sistema, uma vez que recebe diariamente informações sobre o número de alunos presentes, o que reduziu o desperdício.
O professor também recebe as faltas dos alunos por e-mail, no final de cada semana. Mas no período de transição, ainda precisa passar para o diário as informações sobre a presença dos alunos. "Não conseguimos abolir o diário, pois é uma norma do Ministério da Educação. Mas em dado momento ele será só proforma. E nossa meta é extingui-lo e deixar todas as informações on-line."
A secretaria está testando um sistema no qual as notas e atividades são registradas em um servidor on-line. Os pais terão acesso, pela internet, a informações sobre as atividades dos estudantes. O primeiro passo neste sentido já foi dado, cada professor tem seu notebook.
Bolsa família
Os resultados do programa são praticamente imediatos, conta Luciana Nicolosi Pereira, diretora da escola Roberto Mário Santini.
"Os pais têm mostrado mais preocupações com faltas dos filhos, especialmente aqueles que recebem o Bolsa Família", afirma. Não era incomum, segundo Luciana, famílias perderem o subsídio do governo por problemas de absenteísmo dos filhos. A escola tem 115 alunos registrados no programa do governo federal. Antes, os alunos que "sumiam" recebiam uma visita de um estagiário da escola e acabavam indo para o conselho de classe, por desistência.
"Desde o início do ano, só tivemos problemas com um aluno", comemora Luciana, que ainda não tem base para comparar a redução no número de faltas. "Temos 650 estudantes e todos os pais optaram por receber as informações. Quem não tem celular, dá o telefone de algum conhecido", diz.
A adaptação ao novo serviço, no entanto, ainda é um desafio. "Tivemos alguns percalços, como a mãe que chegou correndo na escola porque recebeu um SMS de que sua filha não tinha ido. No final, a aluna estava na aula", conta Pastorello.
A escola também usa o sistema para mandar informações sobre campanhas e reuniões. "Em uma das escolas, a reunião da APM (Associação de Pais e Mestres) que, tradicionalmente, recebe 14, 15 pessoas, recebeu 300 pais", conta Pastorello. Em outra unidade, que teve baixa adesão - só 20% dos pais quiseram receber SMS da escola -, a prefeitura começou um trabalho de conscientização da importância do acompanhamento familiar do cotidiano escolar.
Fonte: Brasil Econômico/ Regiane de Oliveira

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